Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“E, para que não me exaltasse pela excelência das revelações, foi-me dado um espinho na carne, (...) a fim de não me exaltar.” (2ª Coríntios 12:7)
Quem acompanha o nosso trabalho ministerial sabe que o fundamento sobre o qual estamos firmados ― e buscamos edificar sobre ele ― é a Doutrina que foi revelada ao apóstolo Paulo, a saber, a Mensagem da Graça de Deus, o único Evangelho. Este nosso posicionamento radical em relação ao que pregamos já nos rendeu, inclusive, a alcunha de “adoradores de Paulo”. É evidente que este tipo de acusação é uma bobagem, pois quem conhece o Evangelho sabe que este está longe de incentivar a adoração a qualquer homem ou mulher. Muito pelo contrário:
“Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: ‘Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo’. Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou fostes vós batizados em nome de Paulo?” (1ª Coríntios 1:12 e 13)
É notório nesta passagem da primeira carta Aos Coríntios que o apóstolo não admitia ser adorado, a ponto de chamar a atenção da igreja apenas pelo fato de parte daquela congregação dizer que “pertencia a Paulo”.
Não adoramos Paulo, mas, sim, o Cristo Ressuscitado. Afinal, a Doutrina do apóstolo dos gentios é, na verdade, a Doutrina do Cristo Ressurreto. Quando imitamos Paulo — e fazemos isto, pois a Palavra nos ensina este caminho (1ª Coríntios 11:1) — estamos, na verdade, imitando a Jesus Cristo.
O Eterno conduziu a apóstolo Paulo ao Terceiro Céu a fim de iluminar o seu entendimento e lhe mostrar o caminho ministerial que ele deveria seguir a partir daquele momento. Note o que o apóstolo falou sobre este episódio:
“Conheço um homem em Cristo (Paulo fala dele mesmo em 3ª pessoa) que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem — se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe — foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar.” (2ª Coríntios 12:2 ao 4 — Nova Versão Internacional)
É inegável! A Revelação que Jesus concedeu ao apóstolo da incircuncisão foi tão maravilhosa que Paulo declarou ser algo que nenhum homem deveria ouvir, tamanha a preciosidade da Mensagem da Graça.
Muitos pensam que quando exaltamos a Doutrina de Paulo estamos querendo simplesmente desmerecer os demais apóstolos. Esta ideia, claro, é mais uma grande bobagem; fruto da total falta de argumentos daqueles que ainda estão cegos no meio do sistema religioso. Nossa intenção não é desmerecer ninguém, mas exaltar a verdade de Cristo para esta Nova Aliança. Os demais apóstolos, discípulos de Jesus de Nazaré, tiveram sua importância, principalmente antes de cruz, quando receberam a incumbência de divulgar aos judeus — e somente a eles — o fato de que o Reino que eles tanto esperavam, ou seja, o Messias, já tinha vindo e era Jesus (Mateus 10:5 ao 7).
Os demais apóstolos seguiram com sua missão depois da cruz, no início da Igreja primitiva, pois o “prazo de validade” do ministério deles era o ano 70 depois de Cristo, quando o Juízo de Deus se manifestou sobre Israel. O grande erro deles foi se infiltrarem no meio dos gentios com as obras da Lei, principalmente Pedro, que era um dos cabeças da circuncisão (Gálatas 2:11 ao 14).
A Mensagem de Paulo, por outro lado, é Eterna; não tem “prazo de validade”. A Palavra da Graça, compilada em suas quatorze epístolas, é a Revelação do que Jesus fez espiritualmente por nós a partir do Calvário. Por isso ela é plena em excelência. Por isso Paulo disse que ele, como o homem, não era digno de ouvi-la (apesar disso, Deus, em Sua infinita misericórdia, o revelou e, através dele, fez a Palavra chegar até nós). E é por isso que toda a Igreja de Cristo precisa conhecer e viver a Doutrina que Jesus Cristo Ressuscitado confiou a Paulo:
“Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar (isto é, tornar firmes), segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo...” (Romanos 16:25)
DEUS JÁ NOS ABENÇOOU!