Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
"Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns." (1ª Coríntios 9:22)
Uma das canções que mais gosto de entoar em louvor ao nosso Deus é a música “Carvalhos de Justiça” devido à mensagem que ela traz em sua letra. E um dos pontos que mais falam ao meu coração é a frase: “Ele nos ungiu para pregar libertação”. É exatamente isto que me move, apesar de todas as dificuldades inerentes à pregação da Palavra da Graça: o Senhor nos capacitou — através da iluminação de nossos olhos espirituais — para que fôssemos ministros da Nova Aliança:
“Ele nos capacitou para sermos ministros de uma Nova Aliança, não da letra, mas do Espírito; pois a letra mata, mas o Espírito vivifica.” (2ª Coríntios 3:6)
Como é possível constatarmos no versículo inicial deste texto, o apóstolo Paulo se permitia usar de todos os meios que estavam ao seu alcance para que as pessoas pudessem ouvir falar de Jesus e de Sua Graça. Ele chegou a praticar obras da Lei, se fazendo de fraco, para que os seus consanguíneos, a saber, o povo hebreu — que ainda era fiel a Moisés — pudesse ser salvo no que tange ao entendimento. Pergunto: por que Paulo tinha esta gana tão aguçada em relação ao seu ofício de ministro da Graça? Porque ele pensava e se preocupava muito com aqueles que ainda estavam presos no sistema religioso de sua época. Vemos claramente este sentimento no que Paulo escreveu sobre seus conterrâneos:
“Que tenho grande tristeza e contínua dor no meu coração. Porque eu mesmo poderia desejar ser anátema de Cristo, por amor de meus irmãos, que são meus parentes segundo a carne; que são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e as alianças, e a lei, e o culto, e as promessas.” (Romanos 9:2-4)
“Irmãos, o bom desejo do meu coração e a oração a Deus por Israel é para sua salvação. Porque lhes dou testemunho de que têm zelo de Deus, mas não com entendimento.” (Romanos 10:1-2)
“Mas é a vós, gentios, que falo; e, porquanto sou apóstolo dos gentios, glorifico o meu ministério, para ver se de algum modo posso incitar à emulação os da minha raça e salvar alguns deles.” (Romanos 11:13-14)
Como imitador de Paulo, tenho um sentimento semelhante ao dele em relação às pessoas que hoje em dia ainda estão presas no sistema religioso. Como já falei algumas vezes, ao longo desses 20 anos propagando o entendimento da Graça em diversas oportunidades pensei em desistir de exercer este meu oficio ministerial, mas tenho um motivo para seguir em frente: o meu grandioso desejo de ver vidas sendo libertas. Confesso que hoje, por causa de grandes lutas que enfrento ― que se somam às perseguições, xingamentos, acusações caluniosas, ameaças etc., ainda me questiono sobre prosseguir. Porém, o meu desejo de pregar e ver a verdade ser conhecida é muito maior do que o anseio de buscar alguns dos meus sonhos pessoais (coisas que precisei abrir mão por causa do ofício ministerial).
Vou parafrasear o apóstolo Paulo e dizer a mesma frase para quem hoje está no Evangelho da Graça: sejam meus imitadores! Usem o meu exemplo e pensem naqueles que ainda não tiveram, como vocês, o privilégio de conhecer a Mensagem da Graça. Pensem na liberdade que hoje vocês vivem; na paz de espírito que o Evangelho genuíno traz, no descanso em relação à nossa vida espiritual, na regalia de saber que tudo já está consumado, que não precisamos ter medo de perder a Salvação, entre tantas outras benesses. Vocês querem ter exclusividade sobre todo este conhecimento? Certamente que não! Então, pensem duas vezes antes de se esquivarem da responsabilidade de levar ao mundo a Palavra da Graça de nosso Senhor Jesus Cristo Ressuscitado.