Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação.” (2ª Coríntios 5:19)
Sei que é bem difícil compreender que a Salvação eterna já é um fato consumado (principalmente para aqueles irmãos que ainda não tiveram os olhos iluminados pela Palavra da Graça), pois, ao longo de muitos anos, a religião “cristã” sempre pôs a Salvação no futuro e totalmente dependente do (suposto) mérito humano. Por isso, é importante estudarmos esta questão com muita atenção e com a mente livre de raciocínios preestabelecidos (isto é: as “fortalezas” ― 2ª Coríntios 10:4 e 5). E para atinarmos bem este assunto é importante, em primeiro lugar, entendermos que todas as coisas já foram consumadas:
“Depois, sabendo Jesus que todas as coisas já estavam consumadas (…), disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” (João 19:28 e 30)
Quando se diz todas as coisas é evidente que a Salvação eterna está incluída nestas conquistas. Em outras palavras, ao contrário do que se crê no meio do sistema religioso, Jesus não está mais salvando pessoas para a eternidade.
Acho curioso quando as pessoas dizem: “Precisamos evangelizar para salvar (ou ganhar) vidas para Jesus”. É muita pretensão achar que Jesus precisa de nosso esforço para salvar o Seu povo para a eternidade. Afinal, Ele já fez isto de uma vez por todas (Hebreus 7:27). A frase “ganhar vidas para Jesus” é uma das muitas coisas que não estão em linha com a verdade deste Novo Pacto, mas que são vociferadas em quase todas as congregações no Brasil e no mundo. Talvez alguém possa argumentar o seguinte: “Mas o apóstolo Paulo disse que fazia de tudo para SALVAR alguns!”. Sim, isto é verdade:
“Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns.” (1ª Coríntios 9:22)
Porém, a salvação a que Paulo se refere é a salvação do entendimento, da mente, da alma ― que é bem diferente da Salvação do espírito (homem interior).
A Salvação eterna (do espírito) ocorreu na cruz, onde fomos (todas as ovelhas do Senhor, de todos os tempos) reconciliados de uma vez por todas. Em Sua morte o Senhor nos fez convergir nEle:
“Para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (Efésios 1:10)
É muito importante diferenciarmos as manifestações da Salvação para não acharmos que Jesus precisa de uma “ajudinha” para salvar os Seus para a eternidade. Quando levamos a Palavra da Graça às pessoas não é para as salvarmos no âmbito do espírito, mas para que estas entendam que já estão salvas, reconciliadas, abençoadas etc. e venham se voltar para Deus, a fim de que O sirvam em espírito e em verdade e obtenham o seu galardão eterno. Esta é a Palavra da reconciliação (2ª Coríntios 5:18 e 19).
A Igreja de Cristo no mundo precisa urgentemente aprender que a Obra de Cristo, no que se refere à Salvação eterna, já está concluída. Com um único versículo, aliás, nós podemos asseverar esta verdade sem qualquer preocupação de estarmos incorrendo em uma heresia:
“Porque com uma só oblação (o corpo de Cristo oferecido na cruz) aperfeiçoou para sempre os que são santificados.” (Hebreus 10:14 ― versão Almeida Corrigida Fiel)
Não precisamos nos esforçar muito para compreendermos o que está sendo dito neste versículo. Ora, se o Senhor aperfeiçoou para sempre, é evidente que isto se refere ao espírito (pois este, diferente da carne, é eterno). Assim, fica claro que, se já fomos aperfeiçoados para sempre, é lógico que a Salvação eterna já está consumada e mais: não pode ser perdida. Então, o sistema religioso querendo ou não, o fato é que nós já estamos salvos para sempre e jamais nos perderemos, confirmando assim a promessa de Jesus em João 10:27-28.
Deus já nos abençoou!
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Assista ao Estudo: “As 3 manifestações da Salvação”
https://youtu.be/lwKLdedyc8w
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