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A SOBERBA RELIGIOSA

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Por Cristiano França

(Instagram: cfeleito)

 

"Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, É SOBERBO e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras..." (1ª Timóteo 6:3-4)

 

Sem dúvida alguma, dentre os males que a religião mais impinge nas pessoas, a arrogância de cunho religioso está entre os mais evidentes, principalmente em se tratando dos líderes. Um dos grandes exemplos deste fato pode ser observado desde a época de Jesus de Nazaré com os escribas e fariseus. Vejamos o que Jesus falou a respeito deles:

 

“E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes, e amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas, e as saudações nas praças, e o serem chamados pelos homens: Rabi, Rabi.” (Mateus 23:5-7)

 

“E, quando orares, não sejas como os hipócritas; pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.” (Mateus 6:5)

 

Quando fui do sistema religioso evangélico ― tanto no meio pentecostal, quanto na tradição Batista ― eu observei esta arrogância religiosa de maneira muita clara (não em todas, mas em muitas pessoas). Eu mesmo, que nunca fui essencialmente arrogante, experimentei o gostinho da soberba, porque, por muitas vezes, em meu âmago me senti superior por exercer liderança, por pregar desde bem jovem, por causa dos “tapinhas nas costas”, elogios, prêmios recebidos etc.

 

No ambiente pentecostal em especial a soberba de muitos saltava facilmente aos olhos devido à doutrina que dava uma importância exacerbada ao desempenho religioso que devia ser exercido para demonstrar santidade, se mostrar poderoso (aparecer aos outros como um “crente de fogo”) e para se buscar a Salvação eterna. Isto, sem falar da questão das malditas “línguas estranhas” que faziam as pessoas que não as falavam se sentirem uma espécie de “crentes de segunda classe” e tornavam, automaticamente, os tagarelas da glossolalia irmãos “mais santos”, “mais poderosos” etc. Em muitas oportunidades ― e hoje, pela revelação da Graça, posso ver mais claramente ainda ― observei as pessoas apresentando uma soberba disfarçada de humildade. Paulo também observou este fenômeno maligno em seu tempo:

 

“As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria em culto de si mesmo, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas não têm valor algum, senão para a satisfação da carne.” (Colossenses 2:23)

 

Neste versículo acima Paulo ilustra precisamente o que pode ser avistado também no meio religioso contemporâneo.

 

A arrogância religiosa não está apenas na busca pela demonstração de obras justificatórias. Ela está também em suas teses sobre a Salvação. Afinal, a maioria das religiões apregoa a ideia de que a Salvação só pode ser alcançada em seu segmento de fé. Inclusive, no meio dos evangélicos há subdivisões onde alguns grupos dizem que nem mesmo as demais denominações evangélicas, devido às diferenças doutrinais, podem trazer a Salvação ― como se este privilégio (que todos os eleitos já têm) dependesse de ideologias humanas e placas denominacionais.

 

Além disso, a arrogância dos religiosos está no fato de eles acreditarem que somente a doutrina deles é a correta. Ou seja, a mensagem deles está baseada em uma visão dogmática e não científica, o que não os deixa abertos a novos conhecimentos. Isto, aliás, é um dos fatores impeditivos que os fazem endurecer a visão em relação à Palavra da Graça de Deus, pois, por terem a “certeza” de que a doutrina deles é a única certa, eles nem se dão a oportunidade de experimentar tudo que Deus os tem a revelar. Lamentável.

 

Nós que estamos em Graça devemos cuidar para que a soberba não se aposse de nós. Não podemos nos esquecer que Paulo recebeu um espinho na carne para não se gloriar por causa da grandeza das revelações. Em suma: somos o que somos pela Graça de Deus. (1ª Coríntios 15:10)

 








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