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ENSINO E REVELAÇÃO

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Por Cristiano França

(Instagram: cfeleito)

 

“Como está escrito: ‘Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam’. Mas Deus revelou a nós pelo Espírito...” (1ª Coríntios 2:9 e 10)

 

Deus instituiu dons para alguns na Igreja a fim de edificá-la (Efésios 4:11-13). E sim, são dons — não cargos políticos ou empregatícios nas igrejas, muito menos títulos honoríficos. No meu modo de ver, tais dons devem seguir sendo exercidos para que o corpo de Cristo contemporâneo alcance a maturidade que o Eterno deseja de nós.

 

Paulo lançou o Fundamento da Nova Aliança para que outros construíssem sobre ele; e o apóstolo recomendou que os edificadores ficassem atentos à forma como fariam esta obra (1ª Coríntios 3:10). Como alguém que procura edificar sobre o fundamento paulino, tenho exercido meu dom de ministrar o ensino da Doutrina. Ou seja, Deus me deu a graça de ter, entre outras incumbências, o chamado e a responsabilidade de ministrar a Palavra. Contudo, uma passagem bíblica me causava uma grande inquietação:

 

“Porque esta é a Aliança que firmarei (...) na sua mente imprimirei as minhas leis, também sobre o seu coração as inscreverei (...) e serão o meu povo. E NÃO ENSINARÁ JAMAIS cada um ao seu próximo...” (Hebreus 8:10 e 11)

 

Sempre que lia este versículo eu me perguntava: “Se no Novo Pacto ninguém precisa mais ensinar, qual o papel dos mestres? Por que Deus instituiu este dom para a Igreja?”. Bem, o que para mim parecia um contrassenso, na verdade não o é; e após algum tempo meditando nesta aparente contradição, o Espírito me iluminou o caminho. O fato é que a função de quem exerce o mestrado é ensinar a letra do Evangelho, isto é, aquilo que está escrito:

 

“Ora, irmãos, estas coisas eu as apliquei figuradamente a mim e a Apolo, por amor de vós; para que em nós aprendais a NÃO IR ALÉM DO QUE ESTÁ ESCRITO...” (1ª Coríntios 4:6)

 

Porém, a revelação que advém do texto bíblico (ou seja, o ensino de fato) é dado pelo Espírito. Não é o homem quem revela.

 

Acho importante entendermos a função dos mestres, pois o processo de iluminação dos olhos passa pelo exercício do mestrado, porquanto é por este dom que vem o fundamento escrito. Depois, munido da presença da letra na mente, o Espírito do Senhor retira o véu para que o entendimento dos eleitos fique claro.

 

Com a compreensão da relação entre ensino e revelação, algumas coisas ficam mais tangíveis. Afinal, muitos já me perguntaram por que alguns conhecem tanto a Bíblia, mas não conseguem entender a Graça. Isto, claro, acontece porque o Espírito não abriu o entendimento. Na história bíblica nós vemos o caso clássico de Lídia que era uma mulher temente a Deus, mas que até o encontro com Paulo não tinha tido o entendimento aberto para a Palavra da Graça. Ou seja, Paulo pregou (dom de mestre), mas quem ENSINOU foi o Senhor:

 

“E certa mulher chamada Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, que era temente a Deus, nos escutava e O SENHOR LHE ABRIU O CORAÇÃO para atender às coisas que Paulo dizia.” (Atos 16:14)

 

Durante minha experiência de ministrar a Palavra já passei por muitas coisas. Uma das mais importantes foi quando uma pessoa disse o seguinte sobre a Graça: “Pode me mostrar na Bíblia que eu não aceito!”. Isto me chocou muito, mas quando consegui enxergar esta relação do ensino com a revelação, pude perceber que isto aconteceu porque Deus não tinha aberto o coração daquela pessoa.

 

O ensino da Palavra é um processo realmente trabalhoso, pois além de termos em primeiro lugar a VONTADE de Deus em querer revelar (algo que está totalmente fora de nossa alçada), o mestre tem que apresentar a letra de forma correta, coerente, dentro dos devidos contextos e o ouvinte precisa estar com o coração preparado para receber a letra — isto é, sem preconceitos, tradições etc. — para, aí sim, receber do Espírito a revelação no entendimento.

 

SOMOS ABENÇOADOS!

 








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