Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“Mas, o que se une ao Senhor é um só espírito com Ele.” (1ª Coríntios 6:17)
Uma das grandes certezas que temos por meio da revelação da Graça é o entendimento de que nós, na verdade, já estamos casados com nosso Senhor Jesus Cristo. Aliás, temos um estudo em vídeo em nosso canal oficial no YouTube que explana muito bem este assunto. Tema: “Somos casados com Cristo”.
Não há dúvidas de que a profecia de Isaías sobre o casamento do Senhor com Sua Igreja já se cumpriu, uma vez que tudo já está consumado (João 19:28-30):
“Pois como o mancebo se casa com a donzela, assim teus filhos se casarão Contigo; e, como o noivo se alegra da noiva, assim Se alegrará de ti o teu Deus.” (Isaías 62:5)
O que não falta no Evangelho são textos que comprovam o nosso casamento com o Eterno. Paulo, por exemplo, disse aos Efésios que nós já fomos convergidos em Cristo; ou seja, já estamos reunidos nele e com Ele:
“Para a dispensação da plenitude dos tempos, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (Efésios 1:10)
Ainda escrevendo aos Efésios, Paulo orienta que o amor dos maridos por suas mulheres deve ser semelhante ao amor já consumado de Cristo para com a Igreja, deixando subentendida a ideia de que nós não precisamos esperar o casamento com o Senhor para o futuro ― como muitos hoje ainda esperam ―, pois nós, felizmente, já vivemos esta realidade:
“Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a Si mesmo Se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela Palavra.” (Efésios 5:25-26)
Como pode ser constatado através do versículo inicial deste texto nós somos um espírito com o Eterno. Acredito que não exista mais intimidade do que esta. Podemos usar como parâmetro a ideia de a mulher ser uma só com seu marido do ponto de visto da carne (Efésios 5:31) para entendermos que nós já temos total intimidade com Jesus Cristo, sendo espiritualmente matrimoniados com Ele. Deste modo, eu diria que não faz sentido a evocação que muitos no sistema religioso fazem a respeito da busca desesperada pela “intimidade com Deus”. Não poucas vezes pude presenciar líderes religiosos pondo má consciência nos membros de suas congregações dizendo que estava “faltando intimidade com Deus”, que era preciso haver uma “busca” por esta intimidade através de horas a fio de joelhos, prática de jejuns, retiros espirituais, subidas aos montes, entre outras perpetrações.
A Igreja já tem total intimidade com Seu marido, que, por Sua vez, a vê sempre como esposa perfeita, gloriosa, santa, irrepreensível, sem ruga e nem mácula:
“Para apresentá-la a Si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.” (Efésios 5:27)
Por isso, não devemos nos ver distantes do Senhor. É preciso termos em mente que já estamos juntos e assim será para sempre, pois não existe a menor possibilidade de haver divórcio entre Cristo e nós ― a Sua amada Igreja.
Muitos podem se perguntar a respeito da oração. Afinal, orar não seria uma forma de buscarmos “mais intimidade” com Deus? No meu modo ver, não. Explico: acredito que não é a oração que nos aproxima de Deus; na verdade, ela é fruto da intimidade que já foi estabelecida. A oração é a prova de que já somos íntimos com o Senhor. Em outras palavras: a oração é consequência da intimidade e não a causa. Portanto, oremos não para sermos íntimos do Senhor, mas porque já somos.
(Link do estudo citado acima => https://youtu.be/L9sPB-iLqq0)