Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“Ele nos libertou do império das trevas, e nos transportou para o Reino do Seu Filho amado.” (Colossenses 1:13)
A Palavra do Senhor nos revela o momento exato da inauguração do chamado império das trevas no mundo:
“Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.” (Romanos 5:12)
A partir da perpetração do primeiro pecado o poder da escuridão (que simboliza o afastamento completo de Deus) tomou conta de toda Criação, que se tornou amaldiçoada por causa disto:
“E ao homem disse: Porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei dizendo: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa…” (Gênesis 3:17)
Antes de qualquer outra coisa é importante ressaltar que os Dias da Criação não devem ser encarados como simples dias de vinte e quatro horas. Se observarmos bem o relato da Criação, veremos que os luminares da Terra (o nosso Sol e a nossa Lua ― que são a referência para contarmos os nossos dias) foram criados somente no Quarto Dia da Criação. Ou seja, cada “Dia” trata-se, certamente, de um período bem mais longo.
Entendemos que o 6º Dia da Criação foi o período compreendido entre a conclusão da Criação (incluindo a formação do homem) até o Dia da cruz de Cristo. No decorrer de todo este tempo, principalmente a partir do pecado original, as trevas reinaram na Criação. Não é por acaso que a Palavra chama aquele conjunto de males de “império” (do grego “exousia” que, entre outras acepções, significa o poder ou influência de um Estado ou governo). Concluímos, assim, que o poder das trevas foi grandioso, como um grande governo do mal que dominou o mundo durante toda uma era.
Muitos não entendem o que foi o império das trevas e pensam que se tratava simplesmente de “entidades espirituais” do mal. A maioria das pessoas, aliás, erroneamente acredita que estas tais “entidades” atuam até hoje em dia. Na verdade, o domínio das trevas no mundo foi todo aquele conjunto que compunha o período anterior à morte de Cristo: o pecado de Adão, o pleno domínio das vontades da natureza humana (carne), a Lei (que era a força do pecado e estava enferma pela carne — 1ª Coríntios 15:56; Romanos 8:3), a ausência do Espírito Santo nos filhos de Deus, enfim, toda aquela realidade negativa anterior à cruz era o que compunha a totalidade do poder das trevas.
Deus prometeu que a Luz se manifestaria para vencer as trevas e cumpriu.
“Porque Deus, que disse: ‘Das trevas brilhará a luz’, é quem brilhou em nossos corações...” (2ª Coríntios 4:6)
Jesus, a nossa Luz, nasceu em meio às trevas e brilhou, derrotando aquele império na cruz e na Sua consequente ressurreição (Colossenses 2:14 e 15).
Paulo diz que o Eterno nos tirou do reino das trevas e nos levou para o Reino de Cristo. Quando afirmou isto, o apóstolo acabou fazendo um resumo de tudo que Jesus conquistou na cruz por nós:
1) Pecado => Aniquilado na cruz (Hebreus 9:26).
2) “diabo” (carne) => Morto com Cristo (Romanos 6:6).
3) Lei => Estamos mortos para ela (Romanos 7:4).
4) Ausência do Espírito Santo => Hoje somos o Seu templo (1ª Coríntios 3:16).
Ao morrer, o Senhor nos livrou plenamente de todos os males da era anterior ao Calvário. Se, hoje em dia, alguém diz que uma ou mais dessas conquistas ainda não foram cumpridas, está dizendo que Jesus falhou em Sua obra, que o império das trevas ainda vigora e que, portanto, Paulo mentiu ao escrever sobre a nossa libertação.
SOMOS ABENÇOADOS!