Por Cristiano França
(Instagram: @cfeleito)
“Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus.” (Hebreus 10:12)
Assentar-se “à direita de Deus” não significa que existem dois tronos no Reino dos Céus. O termo “sentar-se à direita” no texto em grego (“ekatisen en dexios”) significa metaforicamente “assumir um lugar de honra” ou “lugar de autoridade”. E foi exatamente isto que Jesus fez: assumiu Seu lugar de Deus Todo-Poderoso, no único Trono que há em Seu Reino, após oferecer na cruz o Seu Único, Perfeito e Eterno Sacrifício. E o que este texto bíblico inicial nos sugere? Sem dúvida alguma, o apóstolo evidencia que o sacrifício de Cristo Jesus foi único, feito de uma vez por todas. Isto fica claro, porque se Ele morreu e posteriormente logo assumiu Sua posição definitiva e eterna de glória, significa que o Senhor não mais Se manifestará em carne para morrer novamente. Ou seja: o que foi feito no Calvário, foi feito para sempre. Está consumado! (João 19:28-30)
Deus se manifestou em Jesus para que, através da pessoa do Nazareno, o Cordeiro Perfeito, Ele pudesse morrer pelos pecados de todas as Suas muitas ovelhas — diga-se de passagem, todas as ovelhas de todas as eras. Isto foi necessário, pois a obra da Lei exigia que houvesse derramamento de sangue. Assim, por meio de Cristo, a Lei foi totalmente cumprida:
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão.” (Hebreus 9:22)
Como os sangues de touros e de bodes não tinham o poder de retirar os pecados (os sacrifícios oferecidos na Lei eram alegorias apenas, sombras do que seria feito definitivamente na cruz):
“Porque é impossível que o sangue dos touros e dos bodes tire os pecados.” (Hebreus 10:4)
Foi de fato imprescindível que Jesus oferecesse Seu sangue perfeito.
O Sacrifício de Jesus, portanto, foi único e perfeito. Porém, o que Ele fez por nós foi mais do que isto. A obra-mor de Cristo, além de tudo, também foi eterna!
“Porque, por meio de um único sacrifício, ele aperfeiçoou para sempre os que estão sendo santificados.” (Hebreus 10:14 – NVI)
Não restam dúvidas! O Sacrifício de Jesus por nós foi completo e foi feito para sempre. Não há mais o que temer, fomos livres do pecado, da Lei, do império das trevas e da morte eterna (espiritual). Quem possui os olhos espirituais iluminados pelo genuíno Evangelho da Graça glorifica ao Eterno por tudo isto.
Infelizmente, porém, o que para nós, que estamos em Graça, é uma ótima notícia (evangelho vem do grego “euangelion” que quer dizer “boas novas”, “boa notícia”), para os que estão debaixo da religiosidade, na maldição da Lei (Gálatas 3:10), tem sido motivo de blasfêmia. Muitos têm ultrajado o espírito da Graça, têm pisado no Sangue da Aliança por se negarem a assumir plenamente o que Cristo fez pelo Seu povo. Quando oferecem os sacrifícios como o jejum de alimentos, quando pedem perdão pelos “pecados”, quando dão e recebem dízimos do povo, quando “expulsam” supostos demônios, quando guardam os sábados, quando dizem que a Salvação eterna se perde, quando comem a páscoa judaica/Festa dos pães Ázimos e chamam de “Santa Ceia”, enfim, quando ressuscitam o Antigo Pacto de maneira geral, estão renegando o Único, Perfeito e Eterno Sacrifício oferecido na cruz. Lamentável.
Glorifiquemos o Eterno Pai todos os dias porque nossos entendimentos foram abertos, de modo que, em Graça, vivemos e assumimos de maneira plena o que o Senhor perpetrou por nós de uma vez por todas.
“Que não necessita (…) oferecer cada dia sacrifícios (…) porque isto fez Ele, uma vez por todas, quando Se ofereceu a Si mesmo.” (Hebreus 7:27)
Deus já nos abençoou!