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POR QUE É TÃO DIFÍCIL ENTENDER A GRATUIDADE DA SALVAÇÃO?

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Por Cristiano França

(Instagram: cfeleito)

 

“Não pelas obras de justiça que houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou…” (Tito 3:5)

 

A chegada do Evangelho da Graça em minha vida me trouxe incontáveis benefícios. E um dos que mais destaco é o descanso em relação à Salvação eterna. Quem conhece um pouco da minha história sabe o quanto, desde criança, eu temia “perder a Salvação”. E mesmo já sendo adulto o temor de me perder eternamente continuava forte e me influenciava de maneira muito negativa. Enfim, a revelação da Graça acabou com todos esses medos e me deu paz interior sobre este assunto.

 

Quando o Espírito de Deus abriu os meus olhos para a segurança da Salvação e me fez entender que já sou salvo e que a manutenção desta posição não depende de mim, isto é, de meus esforços, méritos, sacrifícios etc., eu recebi esta notícia como algo poderosamente maravilhoso e transformador. Por isso, confesso que passei a estranhar o fato de as pessoas serem tão contrárias à ideia da Salvação totalmente gratuita e eterna. Afinal, como pode alguém ouvir sobre uma verdade desta grandeza, com todo o fundamento bíblico que a Graça proporciona e, ainda assim, não aceitar que tudo foi pela Graça?

 

Quando comecei a falar para as pessoas sobre a segurança da Salvação e sobre o fato de não precisarmos “pagar o preço” para que fôssemos salvos pelo Senhor, a maioria delas ficava ­— e ainda fica — espantada e recebia estas informações de forma absurdamente negativa. Como disse acima, no início eu não entendia esta reação (já que para mim este entendimento foi muito bem recebido). Posteriormente, com a minha vivência e experiência adquirida com o trabalho ministerial, pude chegar a uma conclusão sobre o porquê de as pessoas rejeitarem tanto a Salvação pela Graça: as pessoas tendem a ver as coisas de Deus sob o ponto de vista humano. Este é o problema!

 

Quando temos um sonho precisamos lutar muito por ele. Se, por exemplo, queremos nos formar em medicina, precisamos esquentar o banco da faculdade durante anos, sem contar o período de residência. E, na verdade, as dificuldades se dão em qualquer que seja o curso que desejamos fazer. Quando queremos adquirir alguma coisa de grande porte (um carro novo, uma casa etc.) precisamos planejar a sua compra, poupar e, depois, pagarmos o preço pelo bem desejado. Com isso, as pessoas têm a tendência de levar este raciocínio para o âmbito espiritual. Assim, muitas pensam: “se eu preciso me esforçar para conseguir as coisas nesta vida, por que não preciso me esforçar pela Salvação — que é algo tão importante?”. Este raciocínio religioso é absolutamente carnal e maldito, pois anula a Graça de Deus e faz as pessoas viverem por obras e não somente pela Fé.

 

Sempre recebo mensagens perguntando: “Se uma pessoa praticar isso ou aquilo, ela vai ser salva?”. Esta pergunta é fruto do que acabei de relatar: as pessoas tendem a relacionar a Salvação eterna com méritos. Ou seja, por mais que a Palavra deixe muito clara a ideia real de que a Salvação é pela Graça, sem obras (Efésios 2:8-9), as pessoas sempre pensam que para sermos salvos precisamos praticar alguma coisa ou deixar de praticar esta ou aquela obra. Por isso quero deixar algo bem claro aqui: independente do que fazemos ou deixamos de fazer, nós somos salvos apenas pela misericórdia de Deus, que nos deu a Vida Eterna sem qualquer vínculo com mérito ou falta de mérito de nossa parte. Ele nos salvou e pronto. Qualquer raciocínio que passar disto está fora da Palavra e vem de homens desviados da Verdade.

 

Em tempo: isto não é uma licença para praticarmos o mal. Se errarmos, vamos colher nesta vida terrena. Nossa eternidade, porém, está garantida.

 

Deus já nos abençoou!

 

 








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