Por Cristiano França
(Instagram: cfeleito)
“E é por Cristo que temos tal confiança em Deus.” (2ª Coríntios 3:4)
Quando o genuíno Evangelho nos é revelado há uma plena transformação em nosso entendimento. Além de nos revelar a nossa real posição em Cristo, nos trazer paz de espírito, forças para vencermos as dificuldades da vida, entre muitos outros benefícios, o Evangelho da Graça nos faz confiar plenamente em Deus e na Sua Graça.
Muitos acham que ao abrirmos mão de práticas oriundas da Lei judaica, tais como: jejuns, Páscoa judaica (“Santa Ceia”), abluções (que são os batismos), sábados, dízimos etc., nós estamos em “rebeldia” à Palavra ou estamos querendo apenas “ser diferentes”. Não! Na verdade, o que nos fez abandonar estas práticas é a revelação da inutilidade das mesmas nesta Nova Aliança, o conhecimento da maldição que elas representam (Gálatas 3:10) e a plena confiança na Graça de Deus que temos por meio do Evangelho de Cristo Ressurreto. A propósito, é desde o Antigo Pacto que os eleitos têm o chamado de confiar plenamente no Eterno:
“Confiai no Senhor perpetuamente; porque o Senhor Deus é uma Rocha Eterna.” (Isaías 26:4)
E a confiança no Senhor tende a ser ainda maior nesta Nova Aliança quando conhecemos a superioridade deste Pacto Eterno e o que nos pertence por meio de Cristo.
Uma das principais motivadoras de nossa confiança é a fé. Não foi por acaso que o apóstolo Paulo fez questão de separar este dom de Deus da Lei de Moisés e suas obras:
“Ora, a lei não é da fé; mas o homem, que fizer estas coisas (as obras da Lei), por elas viverá.” (Gálatas 3:12)
Certa vez, uma pessoa que pertencia a uma denominação pentecostal, ao me ouvir falar sobre a Graça e Seus benefícios, me disse: “Este seu pensamento está errado, pois tem que ter muita fé para jejuar, ir ao monte, fazer vigílias, ser dizimista…”. Ou seja, quem está submetido ao sistema religioso pensa que a fé, ao contrário do que ensina a Palavra, nos leva a praticar sacrifícios religiosos. Porém, como vimos Paulo dizer aos gálatas, é justamente o contrário, pois a fé, na verdade, nos liberta dessas obras. Este tipo de pensamento lamentável, aliás, demonstra o quanto é asqueroso o tipo de ensino dado no meio das denominações evangélicas tradicionais (pentecostais ou não) e da instituição Católica Romana.
Inconscientemente, quem se utiliza das obras da Lei (e do esforço religioso em geral) não está confiando em Deus, pois acha que ainda precisa delas para se justificar, se salvar, ser abençoado etc., isto é, quem vive pela religião está pondo a sua confiança em sua suposta capacidade (esforços religiosos) e não no Altíssimo. Por outro lado, quem vive submetido à genuína Palavra da Graça confia plenamente no que Jesus Cristo fez na cruz do Calvário. Deste modo, para quem está em Graça o Único e Eterno sacrifício de Jesus é suficiente para que nós tenhamos todo este benefício que a Graça nos garante.
Vale muito a pena confiar em Deus; isto O agrada. E não é só a confiança no sentido do abandono da Lei, mas em todas as áreas de nossa vida.
Confie plenamente no Pai de nossos espíritos, pois este é o nosso chamado e ainda teremos um grande Galardão por isso: “Não rejeiteis, pois, a vossa confiança, que tem grande e avultado galardão.” (Hebreus 10:35)